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Quero um pedacinho de tempo, para descansar, poder chorar....

Quero um pedacinho de tempo para poder descansar esse peso do mundo que estou sentindo em meus ombros, apenas um tempo onde não me perguntem nada, nem me peçam nada, apenas me permitam o direito de dar vazão ao pranto que venho engolindo com o café-da-manhã, enquanto visto a máscara de "olhem como sou valente e forte".
Quero ser a criança que pode chorar livremente até que me ponham no colo e me façam um mimo, restabelecendo assim o equilíbrio que necessito para dormir em paz, estou pesado, estou triste.
Quero me aventurar na busca dos sonhos, sem ter que vê-los pintados com as cores do desânimo ou coloridos com as cores do impossível, quero poder brincar com meus sonhos como se fossem massinha de modelar ilusões, lambuzar neles meus dedos, até decidir quando precisam se desfazer ...
Quero ter companheirismo também nas horas em que tudo parece ter se perdido e encontrar apenas um ombro onde possa repousar meu cansaço, um ombro que seja silêncio e carinho.
Quero deixar que me invada toda a dor do mundo neste instante, porque ela é minha e que como tal seja aceita e compreendida, mesmo que eu ainda não saiba lidar com ela ...
E quero poder dizer :
- Está doendo sim!
Sem assustar ninguém, causando uma revolução tão grande que meu mundo pareça ainda mais desabitado, seria possível?
Daqui a pouco tudo vai parecer diferente e novo, eu sei, vou secar os olhos e vou sorrir em paz outra vez e desta dor hei de ressurgir mais forte.
Então por favor, por um momento apenas, neste meu pequeno momento humano, neste "por cento" de fragilidade, quero ser igual a todo mundo e chorar...

O meu amor, guardo para os especiais....

O meu amor eu guardo para os mais especiais, só especiais...
Não sigo todas as regras da sociedade e às vezes ajo por impulso, por paixão e até por verdadeiros experimentos de amor, mesmo assim quero tudo, quero piedade e caridade de que a outra pessoa me tenha como sua única pérola de amor, eu, apenas eu.
Erro, admito, mas aprendo e um pouco também ensino.
Todos erram um dia: por descuido, inocência ou maldade ou paixão. Conservar algo que faça eu recordar de ti seria o mesmo que admitir que eu pudesse esquecer-te, mas como invadiste meu coração, alma, entranhas e todo o meu ser, não poderei eu, um mortal, te esquecer.
Talvez eu não tenha o direito de te amar, já sou de outra, mas nada pode evitar de por ti e de ti, eu gostar ou quem sabe até, me apaixonar.
O meu amor eu guardo para os mais especiais, só especiais...
William Shakespeare

Ainda somos imperfeitos....

Somos, quase sempre, contraditórios, pedimos muitas vezes para não sermos julgados, mas julgamos.
Exigimos respeito, mas selecionamos a dedo os merecedores do nosso, tendemos a dizer, com certa constância, que daquele “mal” ou atitude não sofremos ou carecemos, mas nem sempre é assim.
Admitimos com facilidade os erros dos outros, já o nosso... Dificultamos o perdão, impondo a ele condições que não cumpriríamos.
Aceitamos o orgulho, quando nosso, mas renegamos o alheio. Queremos que as pessoas sejam elas mesmas, desde que se comportem como esperamos e muito mais...
Ainda não entendemos, não descobrimos o que é isso aqui, que mundo é este, de onde viemos, para onde iremos...
Talvez seja essa nossa maior dificuldade, o medo entranhado no desconhecimento do que é viver num mundo que não é só nosso, a dificuldade em aceitar que ainda estamos sendo “feitos” e nunca estaremos “prontos”.
Pois então, se assim for, pratiquemos compreensão, antes mesmo de buscarmos uma evolução própria, melhorando nossos atributos, vamos tentar entender e aceitar os defeitos e até mesmo qualidades dos outros, independente de nós mesmos.
Mal somos capazes de nos moldar, que dirá moldar os outros.